quarta-feira, 31 de julho de 2013

Movimento Construtor e a Pesquisa Ativa (Mutações em Educação)

Mutações em educação segundo Mc Luhan
COSMOVISÃO 1. 1984 Editora VOZES 17º edição Lauro de Oliveira Lima
21 “Uma rede mundial de ordenadores tornará acessível, em alguns minutos, qualquer tipo de informação aos estudantes do mundo inteiro” (pág. 49)
Um enorme arsenal de máquinas de ensinar (cujo arquétipo máximo será o computador) está sendo, aos poucos, preparado para complementar a atividade escolar. Prevê-se a substituição das       bibliotecas (?) por uma central satelitizada de computadores que fornecerão aos consultores qualquer informação que a humanidade tenha disponível. Pode-se imaginar como se tornarão ridículos os indivíduos eruditos (estas máquinas ambulantes de informação) quando a informação estiver à disposição de todos com um simples gesto de tocar um botão.
Pela televisão só a procuram quando a mensagem lhes interessa (Mc Luhan talvez esteja redondamente equivocado se tomarmos “o meio é a mensagem [massagem] ao pé da letra). Um quadro mural pode permanecer semanas na sala de aula sem que ninguém atente para ele, quase ninguém sabe descrever, de chofre, o mostrador do seu relógio... Falta ainda aos especialistas das RAV criar a “didática dos instrumentos de informação” a qual (segundo a teoria da assimilação de Piaget) é o
MOVIMENTO CONSTRUTOR E A PESQUISA ATIVA.
(atividade perceptiva)

Todas as técnicas escolares de fixação de aprendizagem serão consideradas como processo de robotização uma vez que é nos computadores que as informações serão acumuladas. O fichário particular, que fez a glória de tantos eruditos, passará a ser (multiplicado ao infinito) patrimônio coletivo: ninguém se dará ao trabalho de fichar dados se eles estão disponíveis na mesa de cabeceira através de um interruptor. A citação de extensas bibliografias que tanto envaideciam aos eruditos será uma inutilidade, mesmo porque não haverá mais “conhecimento privado”: todo o conhecimento da humanidade estará à disposição de todos. Ora, se o conhecimento planetário está contido nos computadores e disponível, para que passá-lo para a cabeça dos alunos? Só esse fato implica numa modificação total dos objetivos escolares. Aprender, no sentido skinneriano de resposta (learning) provocada automaticamente será o maior percalço do trabalho escolar: todo o cuidado do professor será não fixar respostas –padrão que obstruam a diversidade e a criatividade. Se um computador fosse preparado para criar e inventar soluções originais não poderia ter memória: uma memória é uma estereotipia do processo. Os computadores existem justamente para reproduzir ad nauseam, os pensamentos pensados pelo seu programador. Ora que vem fazendo a escola até hoje senão programar os alunos? Não é em vão que a atividade docente pauta-se por um programa...
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