- Há generalizado e criminoso isolamento da escola com relação ao meio físico e social. È como se existisse secreto medo de comunicação … ainda se fala, nas escolas, sobre “o mundo lá fora”!
- A escola reduz-se, assim, a caricatura da realidade, usando “modelos” e “dramatizações” em vez de usar a própria vida.
- Conta-se que um professor mandou cortar o galho de uma planta que, teimosamente, entrava pela janela e o prejudicava na brilhante exposição que fazia sobre fotossíntese … (Apud Professor Mateus Ventura, Universidade do Ceará).
- As plantas, os animais, os acidentes geográficos, os problemas sociais, políticos e técnicos que circundam a escola não são nela tratados, como se o desejo fosse alienar os jovens de seu meio.
- Não há relação entre as instituições culturais do meio e as escolas. Os intelectuais (a inteligência atuante) nenhuma relação tem com o sistema escolar. As “modas” intelectuais não podem ser discutidas nas salas de aula.
- Escritores, críticos, pintores, jornalistas, ensaistas, técnicos, cientistas, chefes de serviços técnicos, profissionais liberais, artistas de todos os ramos jamais sentem necessidade de entrar em contato com as novas gerações, nem as escolas os procuraram para enriquecer e tornar mais autêntico seu trabalho de enculturação da juventude.
- Não dispondo as escolas, sequer, de elementos de dramatização da vida (banco escolar, correio escolar, escritório escolar, laboratórios escolares, etc) - estranha-se que não procurem aproveitar os elementos deste tipo existentes no meio
- Falso intelectualismo isola a escola dos tipos de atividade prevalentes no meio, desajustando a mocidade e transmitindo-lhe uma caricatura da realidade. Os jovens não sabem sequer como se produz o alimento que comem.
- Sabe-se que, quanto mais cedo os jovens entram em contato com a vida, mais cedo também ganham o senso de realidade que eleva o aluno do plano lúdico em que vinha atuando para o plano do “trabalho” onde pretende integrar-se. A seriedade dos alunos de curso noturno (alunos que já trabalham) mostra claramente este problema.
- Como regra, todo aluno deveria (pode ser um item do regimento interno) estagiar durante algum tempo em alguma atividade produtiva existente no meio social ou a própria escola assumir o papel de fábrica, escritório ou empresa úteis à comunidade.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A ESCOLA VAI A COMUNIDADE
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