Lauro de
Oliveira Lima
Editora VOZES.
Coleção: Cosmovisão 1. 17º edição.
13 “... haverá uma revolução no que concerne aos
papéis de aluno e professor.” (P.44)
O professor – informador e o aluno
– ouvinte serão substituídos pelo professor
– animador e o aluno – pesquisador,
mutação que já pode ser realizada amanhã, pois não exige investimentos com
recursos materiais. O problema da pesquisa
versus ensino será superado pela
generalização da pesquisa: tudo na
escola do futuro será atividade de indagação e desafio para descoberta de
soluções novas. A velocidade da
substituição do conhecimento eliminará a ideia de ensino e desafiará a pesquisa em todos os domínios mesmo das
crianças do jardim de infância (ver Arte Infantil). A escola não será a “casa
dos professores” mas a “casa das crianças” como já queria Montessori: a medida
de sua organização não será o adulto mas seu mini – habitantes. Como na Idade
Média, quando foram fundadas as universidades, os professores serão escolhidos
pelo aluno, uma vez que serão meros “experts” a sua disposição. É mesmo
possível que a função do professor despareça por generalização: todos os
adultos passarão a ser “professores” das novas gerações como foi na aldeia
tribal ... A ideia de ensino será
substituída por uma auto – aprendizagem (ver
A Escola Secundária Moderna) cabendo
ao professor organizar criar situações (animador) em que os jovens se disponham
a utilizar a informação de que está prenhe o ambiente. Ora, utilizar a
informação do ambiente é simplesmente pesquisar.
A atividade do aluno não se distinguirá, fundamentalmente, da do cientista. Não
se tratará (como diz Mc Luhan) da mera dramatização do processo de redescoberta, mas de uma atividade,
realmente, original. Dada a velocidade da mudança, o desafio que se proporá ao
aluno versará sobre o “próximo passo” disparando um processo universal de
criatividade. Também o operário da fábrica será desafiado a inventar a próxima
máquina dando, realmente, um sentido construtivista universal à atividade
humana. Em vez de cultivar-se a tradição,
projetar-se-á, permanentemente, o futuro. Em vez de estudar-se história far-se-á prospectiva. Ora, tudo isto retira ao professor seu trunfo
histórico de “depositário do conhecimento”: ele terá que colocar-se perante o
desafio na mesma posição indagadora do aluno, podendo seus resultados
inferiores aos obtidos pelos jovens, mesmo porque os jovens não possuem os
percalços dos quadros mentais
esclerosados próprios dos adultos.
Pags.27 e 28
QUE O SUPREMO DEUS CONTINUE ENVIANDO SUA BÊNÇÃO AO PROFESSOR QUERIDO E BENÉFICO PARA TODA HUMANIDADE.
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